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Carol Duarte comemora escolha de "A Vida Invisível" ao Oscar: "Representa bem"

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Carol Duarte em cena de "A Vida Invisível" (Foto: Divulgação)

 

Carol Duarte está nas nuvens com a escolha de A Vida Invisível para tentar uma vaga no Oscar 2020. O longa do cearense Karim Aïnouz foi o escolhido entre 11 concorrentes e agora tenta uma entrar nas cinco indicações da categoria Melhor Filme Internacional, antes chamada Filme em Língua Estrangeira.

 

"Estou muito feliz com a indicação do filme porque este é um momento muito importante para o cinema nacional e acho que o Vida Invisível vai representar muito bem o nosso país. O Brasil está em um momento de sucateamento da cultura este ano, então acho importante que este filme esteja nos representando".

O longa está previsto para estrear em novembro em todas as salas de cinema do país e foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, na França. Carol divide o papel protagonista de Eurídice Gusmão com a veterana Fernanda Montenegro.

"A gente tem grandes filmes este ano e este fala sobre o amor de duas irmãs. Precisamos falar desse amor. Quero agradecer o Rodrigo Teixeira, o Karim Aïnouz e a Nina Kopko, além da equipe inteira do filme que fez este trabalho ser tão grande. É realmente um momento de muita alegria", pontua.

Carol Duarte se diverte com o diretor Karim Ainouz e a atriz Julia Stockler  (Foto: Dominique Charriau/WireImage)

 

Em recente entrevista à Marie Claire, a atriz contou que estava radiante com o reconhecimento principalmente por ser uma obra que fala sobre a mulher.

“Eu tenho um enorme orgulho de fazer parte de um filme tão importante não só por ter ganhado o prêmio de melhor filme na mostra, mas por retratar as mulheres da década de 50 que também representa, sem tanta surpresa, as mulheres de hoje. Trabalhei com tantos atores incríveis, numa parceria linda com a atriz Julia Stockler”, disse.

Com sua personagem, a atriz revelou que aprendeu que foi a luta das mulheres do meio do século passado que permitiu que as de hoje pudessem usufruir da liberdade, apesar de ainda termos o machismo e o patriarcado enraizados na sociedade que aprisionam as mulheres e as tornam invisíveis.

“É como se a Eurídice fosse nossas avós e, com elas, temos muito a aprender. A força de continuar existindo, ainda que muito castradas, me comove e me impulsiona para lutar cada vez mais. Eu me identifico com a Eurídice que, quando violada física ou moralmente, se cala. A nossa tendência é essa: carregar a culpa, buscar estratégias para não sermos mais machucadas. É um absurdo porque nos responsabilizamos quando somos agredidas e consegui enxergar que a vergonha não é nossa, que temos muito a lutar”, salientou.

Julia Stockler e Carol Duarte em cena de "A Vida Invisível" (Foto: Bruno Machado)

 

Julia Stockler e Carol Duarte em cena de "A Vida Invisível" (Foto: Bruno Machado)

 

 


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