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Intérprete de Chiquinha em novo musical lembra empoderamento da personagem

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Carol Costa vive Chiquinha no espetáculo em cartaz em São Paulo (Foto: Divulgação)

 

Uma menina de 8 anos de idade, chefe de um grupo de meninos em uma vila e não levava desaforo para casa. Foi assim que María Antonieta de las Nieves criou sua mais emblemática personagem, Chiquinha, no seriado mexicano Chaves, com uma personalidade bem diferente de Pops e Paty, que ficou marcado para sempre na memória das crianças de várias gerações. Agora é a vez da brasileira Carol Costa ganhar o coração do público ao reviver esta garotinha no espetáculo Chaves - Um Tributo Musical, que estreou nesta sexta-feira (23) no Teatro Opus, no Shopping Villa Lobos, em São Paulo.

Eu assistia Chaves e Chapolin todos os dias quando chegava da escola. Amava almoçar ‘acompanhada’ desses personagens. Sempre amei a Chiquinha, a menina banguela do penteado torto, de sardinhas com o sorriso largo. Era a minha favorita por ser a mais espevitada, esperta e amava quando ela dava uma volta nos garotos. Ela era danada! Mas amava o Chavinho e o Madruguinha (Seu Madruga) também”, conta.

A atriz já tem experiência de sobra com musicais e como a Chiquinha tem um timbre de voz bem diferente, Carol promete que isso vai ser impresso no canto de sua personagem também.

“Sempre que construo um personagem com uma voz diferente da minha, prezo que o timbre da personagem se mantenha durante a música. Nem sempre é fácil, mas com treino e estudo sempre consigo alcançar o resultado. Acredito que a construção da personagem deve se manter durante todo processo e com a Chiquinha não vai ser diferente. Pois é, pois é, pois é”, se diverte.

Quando recebeu o “sim” dos produtores do espetáculo para interpretar a menina empoderada, ela procurou não ter ajudar de nenhuma das dubladoras que já fizeram as vozes da personagem, mas por uma coincidência da vida (ou não), teve a oportunidade de ficar frente a frente com Sandra Mara, que emprestou sua voz por anos à garotinha da vila.

Foi por um acaso e fiquei muito emocionada com esse encontro. A voz que conheço desde a infância se materializou na minha frente. Ela foi incrível! Tietei e conversamos muito sobre o processo de composição da Chiquinha, ela me ajudou com um pedacinho do meu texto e fiquei boba vendo-a fazendo. Durmo, acordo e passo as horinhas que tenho de intervalo nos ensaios assistindo aos episódios de Chaves. Foi assim na infância e tem sido assim desde que soube que passei no teste. Chiquinha não é Chiquinha sem o famoso ‘pois é, pois é, pois é’, o choro esganado e, é claro, o ‘papaizinho lindo, meu amor’. É toda uma partitura física que uma menina de 8 anos e a magia do teatro me possibilitam criar”, explica.

Carol Costa e a dubladora de Chiquinha, Sandra Mara (Foto: Arquivo pessoal)

 

Por questões contratuais, Chiquinha não esteve presente no musical montado pela família de Roberto Bolaños, criador do Chaves, no México e está é a primeira vez que a personagem de María Antonieta de las Nieves aparece no palco. Carol está radiante com a oportunidade e diz que é um presente com muita responsabilidade e emoção.

Eu nem tinha pensado por esse lado, mas a minha ficha começou a cair. Meu Deus, eu sou a Chiquinha brasileira! Procuro ser fiel ao que a incrível María Antonieta criou, mas sem perder a minha essência e a minha construção como atriz. Não faço uma cópia e sim uma linda homenagem, então espero que ela venha assistir algum dia”, torce.

Diferentemente do Sítio do Pica-Pau Amarelo, todos os personagens do Chaves, exibido há 35 anos pelo SBT, foram interpretados apenas pelos atores originais e jamais houve uma troca. Isso traz uma responsabilidade enorme para o elenco brasileiro e a atriz conta que todos já começaram a sentir isso desde que o público soube que fariam o espetáculo.

Esses personagens são tão amados e queridos pelo público brasileiro que tenho sentido todo esse amor e carinho de perto. São muitas demonstrações de apoio e torcida que temos. Aliás, aproveito para agradecer a todos os fãs de Chaves. Críticas e comparações são inevitáveis. Tenho certeza que a maioria será positiva, pois estou fazendo com minha verdade e todo meu amor. Como disse, é uma homenagem e não uma imitação.”

Carol adianta que tem o mesmo temperamento forte da personagem, gosta de doces, tem um sorriso largo e um amor muito grande pelos seus pais, o que já adianta 20 passos à frente para tornar sua interpretação ainda mais crível. Outro ponto que a ajudou muito foi a reprodução exata da vila que a equipe de cenografia caprichou.

“Eu pareço uma criança! Logo que fomos fazer a sessão de fotos, já peguei um triciclo e saí andando pelo cenário. Foi nostálgico! Um misto de saudosismo e muita ansiedade pra ver a reação do público”, fala.

Carol Costa vive Chiquinha no espetáculo em cartaz em São Paulo (Foto: Divulgação)

 

Cena de "Chaves - Um Tributo Musical" (Foto: Divulgação)

 

Cena de "Chaves - Um Tributo Musical" (Foto: Divulgação)

 


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