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Nova York como um nova-iorquino: um guia com os melhores endereços da melhor região da cidade

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Geral do High Line: parque instalado sobre um antigo viaduto ferroviário (Foto: Galland Jérôme (Aleph))

Não há outro lugar nas Américas que reúna, em poucos quarteirões, tantas galerias de arte importantes, hotéis e restaurantes superbadalados e casas noturnas que ditam tendências musicais quanto essa pequena região no sudoeste da ilha de Manhattan. Da decadência à elegância, Chelsea e Meatpacking District são exemplos da incrível capacidade de recuperação de Nova York. A área, que desce da rua 30 até a Gansevoort, já foi uma zona industrial superperigosa, mas passou por uma revitalização nos anos 90. Com a chegada de artistas e fotógrafos como Steven Meisel - que montou um superestúdio ali – e designers moderninhos como Tory Burch e Zac Posen, ela se transformou na região mais cool e trendsetter da cidade.

Em 2009, com a inauguração do High Line, ficou ainda mais charmosa e arborizada. Instalado sobre um antigo viaduto, trata-se de um parque suspenso que “atravessa” quase 20 blocos (ele foi ampliado até a rua 30 dois anos atrás). Jardins floridos, espreguiçadeiras de madeira e obras de arte se misturam aos trilhos da linha férrea por onde trens passavam nos anos 30. O lugar é moldurado pelo rio Hudson, os novos prédios do bairro e o agito da 10ª Avenida. Desde a abertura do High Line, lugares clássicos da região como o restaurante Pastis, o Chelsea Market, as boates Kiss and Fly e Cielo ganharam a companhia de estabelecimentos diferentes e sofisticados. E nenhum é somente o que aparenta. Um simples hotel pode esconder uma balada descolada. Uma lojinha despretensiosa pode abrigar um restaurante. A seguir, um guia completo do que há de mais bacana na região, incluindo os achados exclusivos, daqueles que os nova-iorquinos adoram.

Pátio do hotel The Maritime no Meatpacking District (Foto: Mila Burns / Divulgação)

ONDE FICAR
Hôtel Americano –
Localizado bem no centro do Chelsea, esse hotel tem raízes latinas profundas. Fundado por um grupo mexicano, tem no staff pessoas de muitos países
das Américas, inclusive o Brasil. Para entender o espírito do lugar, que é chique e descolado, basta trocar duas palavras com o proprietário. Carlos Couturier costuma passear pela vizinhança de smoking e montado em uma bicicleta. www.hotelamericano.com 518 W 27th Street

Gansevoort – Modernos e luxuosos, os quartos desse hotel têm décor clean e hi-tech. Além disso, é no rooftop com piscina do Gansevoort que fica uma das vistas mais belas e amplas de Nova York (a maioria das suítes segue o mesmo padrão). É nesse terraço, inclusive, que está instalada a casa noturna mais disputada de Nova York hoje. Para quem gosta de badalar. www.hotelgansevoort.com 18 Ninth Avenue

Área coberta do High Line, que no almoço fica lotada. Ao lado, skyline da cidade a partir do parque (Foto: GALLAND JÉRÔME (ALEPH))

The Standard – De tão famoso, já virou até locação de filme indicado ao Oscar: em "Shame" (2011), o personagem de Michael Fassbender escolhe o hotel como ponto de encontro para levar suas amantes. Foi inaugurado simultaneamente ao High Line - fica exatamente em cima do parque. Além de suítes com vista para o rio Hudson, tem ótimos restaurantes (como a steak house no térreo, sempre cheia), uma charmosa cervejaria e o Le Bain, um terraço transformado em lounge frequentado por Madonna. www.standardhotels.com 848 Washington Street

The Maritime Hotel – Mais simples do que seus vizinhos, mas nem por isso menos estiloso, tem decoração peculiar, toda em motivos náuticos – com direito a janelas redondas em todos os quartos. A ideia é passar a sensação de estar mesmo de férias, aproveitando um clube no final de semana. O restaurante, La Bottega, tem ampla carta de drinques (em especial, martinis) e é muito procurado por turmas de amigos. www.themaritimehotel.com 363 W 16th Street

Brunch aos domingos no jardim interno do The Park. Ao lado, freqüentador descansa no High Line (Foto: Galland Jérôme (Aleph) / Mila Burns )

ONDE COMER
Izakaya Tem –
Os izakayas são uma espécie de boteco japonês. O cardápio de pratos tradicionais foi feito para ser harmonizado com uma extensa lista de saquês e cervejas típicas, tudo com preços baixos e música nas alturas. Experimente ir além dos sushis e sashimis. Vale tentar as receitas mais diferentes, como o Agedashi Tofu (tofu servido quente com molho de peixe) e o Spicy Cod Shrimp (camarão apimentado). 207 Tenth Avenue

CO. – Aberto em 2009 pelo estrelado chef Jim Lahey, esse restaurante surgiu “na cola” da inauguração do parque High Line. Apesar de recente, suas pizzas já entraram na lista das melhores da cidade. A ideia é se sentir comendo em família: no meio do estabelecimento há uma enorme mesa comunitária, dividida por grupos diferentes de clientes. 230 Ninth Avenue

Del Posto – Ideal para aqueles que gostam de comer bem e serem vistos enquanto o fazem. Recentemente laureado com uma estrela Michelin, tem por trás ninguém menos que o chef-celebridade Mario Batali, amigo pessoal da atriz Gwyneth Paltrow. Além do cardápio comum, há duas opções de menu-degustação: com cinco ou oito pratos. Um experiente sommelier, o simpático Jeff Porter, ajuda na harmonização dos vinhos. É recomendável reservar. 85 Tenth Avenue

The Park – Este lugar é um achado tanto para um brunch quanto para comer algo depois da balada. O salão é enorme, portanto não é preciso esperar muito por uma mesa (coisa rara na região). O jardim interno, rodeado de árvores, dá a sensação de se estar em um piquenique. 118 Tenth Avenue

A Printed Matter tem livros de arte e exposições (Foto: Mila Burns / Divulgação)

ONDE COMPRAR
14th Street –
Em um pequeno espaço, entre a 9ª Avenida e o High Line, é possível encontrar algumas das marcas mais bacanas da atualidade. Diane von Furstenberg, Alexander McQueen, Hugo Boss e o brasileiro Carlos Miele estão entre os que escolherem o lugar para sediar suas lojas. Ainda há uma megastore da Apple, bem mais vazia que a da rua 59.

Steven Alan – Desde a primeira loja, em 1994, a multimarcas se tornou um símbolo fashion em Nova York por garimpar novos estilistas. A loja do Chelsea reúne roupas femininas, masculinas e infantis, acessórios, objetos de decoração e produtos de beleza. Para perder algumas horinhas. 140 Tenth Avenue

Printed Matter, Inc. – Para quem curte o clima das galerias da região, essa lojinha é convidativa. Especializada em livros de arte editados pelos próprios artistas plásticos, o lugar também organiza exposições. Fundada na década de 70, em Tribeca, mudou-se para a atual localização em 2005, para ficar mais perto da cena artsy da cidade. 195 Tenth Avenue

Story – Todo mês, uma loja diferente, que vende de chocolate a anéis luxuosos. Uma espécie de pop-up store permanente, ela troca de tema desde que abriu as portas, em 2011. Em fevereiro, tudo tinha a ver com a palavra “amor”. Em maio, a temática era “design”. A única coisa constante por aqui é o bom gosto. 144 Tenth Avenue

Acima, bar do Hôtel Americano. Abaixo, à esq., Brassmonkey, balada alternativa com vista para o rio Hudson.À dir., coleção na loja Story (Foto: Mila Burns / Divulgação)

ONDE BADALAR
Brass Monkey –
É uma balada mais alternativa, frequentada por hipsters, músicos e tatuadores. Fica em um predinho de dois andares, com paredes de tijolinhos e um terraço de onde é possível ver o rio Hudson. Algumas noites são temáticas, com trilhas sonoras dos anos 80 e 90. 55 Little West 12th St

Avenue – Antes de Kim Kardashian, esta era uma das baladas favoritas do rapper Kanye West. Famosos adoram o lounge e se deliciam com os coquetéis. Aqui não há uma pista de dança definida. As pessoas se divertem ao redor das mesas. E, de vez em quando, em cima delas. 116 Tenth Avenue

Highline Ballroom – Para quem não é muito fã de boates e prefere ir a shows, este é o lugar ideal. O espaço é pequeno, mas perfeito para espetáculos intimistas. Paul McCartney, Stevie Wonder, Lady Gaga e Amy Winehouse são apenas alguns artistas que já se apresentaram no palco desse símbolo da região, localizado bem embaixo do High Line. 431 W 16th Street

Electric Room – Pequenina, essa boate tem dez mesas e música da melhor qualidade.
A decoração, com grafites à la Banksy e grandes sofás de couro, ajuda a criar um clima familiar. É como se você e seus amigos estivessem dançando na sala de casa. 355 W16th Street

Avenue, a casa noturna dos famosos (Foto: Mila Burns / Divulgação)

ONDE PASSEAR
High Line –
O parque suspenso é hoje parada obrigatória para quem visita a região. A expectativa é que nos próximos anos ele cresça ainda mais, até a rua 34. Mesmo quem já conhece o lugar é surpreendido pela programação cultural, sempre em renovação. Shows e obras de artistas renomados como El Anatsui e George Condo se misturam a grafites do brasileiro Kobra e um prédio de Frank Gehry. Os jardins também mudam a cada estação.

Galerias do Chelsea – Em 2015, um enorme museu de arte (Whitney Museum) será inaugurado no Meatpacking District. Enquanto a data não chega, quem gosta do assunto pode se deleitar nas galerias do Chelsea. São quase 300. De espaços famosos internacionalmente, como Gagosian e Pace, a pequenas salas escondidas em prédios, é possível passar dias e mais dias entre obras de Andy Warhol, Anselm Kiefer, Jeff Koons e muitos outros. O melhor: as exposições mudam constantemente, portanto há sempre coisas novas para desvendar.

Hudson River – Novas áreas em volta do parque do rio Hudson River Park estão sendo construídas e devem tornar a região ainda mais charmosa. Enquanto isso, os píeres 54 e 57 concentram as atrações culturais e eventos esportivos. Eles abrigam de campeonatos de skate a festivais de cinema, degustações de vinho e desfiles de Marc Jacobs. Durante o verão, os nova-iorquinos costumam passear por ali de bicicleta ou patins.

Bike à venda na Story (Foto: Mila Burns / Divulgação)

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