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“Só queríamos pagar o aluguel fazendo música”, diz única menina do trio The Lumineers, que faz show em SP

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A  violoncelista Neyla Pekarek entre Jeremiah Fraites e Wesley Shultz do trio The Lumineers, que sobe ao palco neste sábado (Foto: Divulgação)

Expoente da onda folk que tomou a música americana de assalto, o The Lumineers faz show neste sábado (29) no segundo dia do Popload Festival, em São Paulo. O trio formado por Jeremiah Fraites, Wesley Shultz e pela violoncelista Neyla Pekarek sobe ao palco antes do Metronomy, que encerra a noite. Vai tocar, como é esperado, o hit “Ho Hey”, responsável por colocar o disco do grupo em 2º lugar na lista da revista Billboard em 2013 -- por aqui, a música foi tema da novela "Sangue Bom".

Sucesso tremendo para uma banda que até então tocava em barzinhos de Denver, no Colorado, e começou do jeito mais modesto possível: por um anúncio nas páginas amarelas. Foi assim que Jeremiah e Wesley conheceram Neyla, de 28 anos, uma música de formação clássica que pretendia ser uma feliz professora de música não tivesse a fama atravessado seu caminho. É disso e de outras coisas, como ser uma mulher num mundo de homens, que ela falou com Marie Claire.

MARIE CLAIRE - Como começou sua história com o The Lumineers?
NEYLA PEKAREK -
Eu havia estudado para ser professora de música, e tinha um grupo de canto na faculdade. Estava feliz em seguir essa carreira, até que até que vi o anúncio de Jeremiah e Wesley procurando alguém que tocasse violoncelo e decidi responder. Acho que tinha inveja dos meus amigos que estavam numa banda.

MC - Ficou surpresa com o sucesso de “Ho Hey”?
NP -
Muito! O nosso objetivo era poder largar os nossos trabalhos regulares e poder viver de música, pagar o aluguel. Tudo o que veio além disso foi uma surpresa. Não esperávamos fazer tanto sucesso nem nos Estados Unidos, quanto mais no resto do mundo. O que me deixa eufórica, porque sempre quis visitar o Brasil!

O trio de Denver, Colorado, que emplacou o hit "Ho Hey" no segundo lugar do ranking da Billboard (Foto: Divulgação)

MC - Já se cansou das comparações com Mumford & Sons?
NP -
Não, acho que são incríveis e tomo isso como um elogio. Eles abriram muitas portas para a folk música, então ótimo!

MC - Que outros músicos inspiram você?
NP -
Quando estava estudando ouvia muitas das antigas divas do jazz, como Ella Fitzgerald e Billie Holyday. Depois tive uma fase Brian Adams (risos) e, agora, estou obcecada por um grupo chamada First Aid Kit, que vi tocar no Japão. São duas irmãs, elas são incríveis.

MC - Você é a única garota da banda, mas não fica na linha de frente. Acha que há mais espaço agora para mulheres que não querem ser a vocalista sexy?
NP -
Com certeza! Nos festivais hoje em dia começamos a ver garotas em todos os instrumentos e posições na banda. Mas este é um mundo bem masculino mesmo, percebi quando comecei a fazer turnê. É um alívio ver as coisas mudando.

POPLOAD FESTIVAL 2014
R$ 460 a R$ 640/dia ou R$ 720 a R$1100/os dois dias; Audio Club (Av. Francisco Matarazzo, 694 – Barra Funda, São Paulo – SP); poploadfestival.com

28/11, sexta-feira
(Main Stage)
20h – Pond
21h05 – Boogarins
22h20 – Rodrigo Amarante
23h50 – Cat Power
01h20 – Tame Impala
(Club Stage)
21h30 – Fatnotronic
23h20 – DJ Olugbenga (DJ set)
01h10 – Icona Pop

29/11, sábado
(Main Stage)
17h – DJ MauVal
19h – Marcelo Jeneci
20h20 – Cat Power
21h50 – The Lumineers
23h20 – Metronomy
(Club Stage)
20h – Nepal
22h50  -Mixhell
00h40 – 2ManyDjs


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