As chances de uma mulher engravidar naturalmente de trigêmeos não idênticos é de uma em 25.000. Pois foi exatamente esta a experiência vivida por Christie Fletcher, do País de Gales. E mais: a gravidez aconteceu, surpreendentemente, enquanto ela tomava anticoncepcional.
Segundo os médicos, este tipo de gestação só acontece com a ajuda da fertilização in vitro. Segundo Christie, que tinha 21 anos quando engravidou pela primeira vez de seu filho mais velho Osian, “foi chocante a descoberta da nova gravidez”. “Eu estava tomando a pílula cuidadosamente e jamais, na vida, imaginei que um dia engravidaria de trigêmeos.”
A suspeita se deu quando ela começou a se sentir muito doente, em um dia qualquer. “Eu estava em uma festa e não conseguia identificar se queria comer um hambúrguer ou se estava doente. Meus hormônios estavam descontrolados e eu reconheci a sensação da primeira gravidez, mas eu disse para mim mesma que isso não poderia estar acontecendo por causa do remédio. Eu também o tomava quando fiquei grávida da primeira vez, mas não tinha sido muito cuidadosa na época. Depois que ele nasceu, eu fiquei passei a ser muito rigorosa com os horários e com relação às instruções da medicação. Nunca imaginei que engravidaria novamente”, disse.
A surpresa da segunda gravidez só não foi maior para ela e o marido Carwyn do que a notícia de que ambos teriam três bebês. “Quando estava fazendo o primeiro ultrassom, percebi que algo estava acontecendo. Os enfermeiros estavam muito calados e se olhando, sorrindo, mas com um olhar de descrença”, relata a jovem mãe. “Elas me pediram para olhar para a tela, e foi quando eu avistei três bebezinhos. Só consegui dizer: ‘Ai meu Deus’. Não pude acreditar, pensei que fosse um sonho.”
Oito meses depois, Christie deu à luz Jorj, Isaac e Jac, que a deixa extremamente ocupada. “Mesmo assim, eu amo a minha enorme ninhada. Tenho agora os braços cheios, ocupados por quatro meninos, e não planejo ter mais nenhum. Não estou mais confiando na pílula”, garante.
Segundo a médica Surabhi Nanda, de Liverpool, de acordo com a Faculdade de Saúde Sexual e Reprodutiva, o anticoncepcional, quando usado corretamente, tem apenas 0,3% de chance de falhar. Porém, certos medicamentos, como antibiótico ou antiepiléticos, podem reduzir a eficácia da pílula e, assim, aumentar a taxas de falhas.