Uma jornalista e escritora britânica casou polêmica na internet ao afirmar que ama mais sua cadela, chamada Matilda, do que o próprio filho, William, 11.
Kelly Rose escreveu um artigo para o jornal "Daily Mail" em que disse não se sentir culpada por ter mais carinho pelo animal, pois a criança faz bagunça e um dia se tornará independente, ao contrário de Matilda.
"Ele precisa ser lembrado de fazer a lição de casa, guardar as roupas e ser repreendido quando responde [à uma bronca]. Minha querida e doce Matilde é sempre obediente, bem-humorada e carinhosa", escreveu. "Em algumas ocasiões, eu a amo mais do que ele e não me sinto nem um pouco culpada por admitir isto".
Rose comparou, ao longo do artigo, o comportamento dos dois no dia a dia, sempre pontuando as vantagens da cadela. A jornalista disse receber carinho do animal a cada refeição que dá, enquanto o filho não reconhece seu esforço em colocar comida na mesa, nem lhe agradece.
Para basear sua opinião, a escritora citou uma pesquisa que indica que animais provocam instintos maternais iguais aos de filhos biológicos ou de crianção. "Não é surpresa para mim que um terço das mulheres que participaram do estudo tiveram reações mais favoráveis aos pets do que a crianças".
Um filhote, segundo Rose, traz o mesmo sentimento que um recém-nascido à uma mãe e é imutável, pois sempre será dependente. "Sua vida começa e termina comigo."
Já o carinho pelo filho muda à medida que a felicidade de William não depende mais de suas ações. "Os 11 anos estão aí. Não há mais mãos dadas em locais públicos. A Matilda não me deixa para ir à escola, sair com amigos ou ficar com o pai nos fins de semana. Ela está comigo o tempo todo."
A atenção que Rose dá à Matilda provoca ciúmes no filho, mas a escritora não se abala.
Internautas que leram o desabafo, ficaram indignados com que a postura de Rose e criticaram sua atitude. "Pobre garoto, a mãe precisa de ajuda", escreveu Polly, da África do Sul. Com a mesma opinião, o usuário Spencavel, disse: "Cães são maravilhosos, companhias fantásticas, mas nunca deveriam substituir o amor de um filho".