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Conheça Gabriel Medina, o surfista que venceu Kelly Slater no Circuito Mundial de Surfe

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O paulista Gabriel Medina, que já desbancou o consagrado Kelly Slater (Foto: Christian Gaul)

Sofie Meltens tem 26 anos, nasceu em Bruxelas, na Bélgica, é atriz e apresentadora.
Camilla Resende tem 23, nasceu no Rio de Janeiro e é fisioterapeuta. Claudia Ferraz e Priscila Cardelino são paulistanas e têm 33 anos. A primeira é jornalista e fã de skate. A segunda passa metade do ano em São Paulo e a outra metade em Ibiza, na Espanha, onde trabalha no setor hoteleiro. Em comum, todas elas têm uma paixão. Aliás, duas: o surfe e os surfistas que namoram, uma geração de jovens talentos que, tendo Gabriel Medina como maior garoto propaganda, vem roubando a cena do esporte no circuito internacional. Para dar as boas vindas ao verão, Marie Claire pegou a estrada para Maresias, em São Paulo, onde encontrou, além das meninas, o campeão e outros atletas de diferentes categorias do esporte para esse delicioso ensaio de fotos. Gente como os cariocas Felipe Cezarano, 26 anos, e Marcelo Trekinho, 34 anos, e os paulistas Igor Moraes, de 28 anos, e Cassio Sanchez, 30.

Considerada a meca do esporte em território nacional, Maresias é velha conhecida de Medina. Foi ali que ele começou a pegar onda, ainda com nove anos de idade, e é para lá que volta toda vez que está no Brasil. Ele desliza sobre as ondas com manobras arrojadas como o aéreo 360 graus – voo sobre a água em que dá uma volta completa em torno de si – e o backflip, um salto mortal para trás, sem tirar a prancha do pé, executado por pouquíssimos atletas. Seu grande trunfo no mar são as manobras ousadas. “Procuro arriscar coisas novas e o público gosta de ver essas variações”, explica ele que, no programa Mundo Medina, no Canal Off, mostra seu dia a dia espartano de treino. O talento de Medina em lidar com as ondas já lhe rendeu o apelido de “Neymar do surfe”.

Ele acaba de conquistar o título de campeão mundial Pro Junior 2013 e, dois anos após entrar no World Championship Tour (WCT) – a divisão de elite que reúne os 34 melhores surfistas do mundo –, já coleciona vitórias importantíssimas, inclusive em cima do norte-americano Kelly Slater. Medina foi o primeiro atleta da história a vencer duas etapas do WCT em sua temporada de estreia. A façanha, que aconteceu em 2011 quando tinha apenas 17 anos, rendeu elogios até do próprio Slater, maior nome da história do esporte, onze vezes campeão mundial. “Gabriel estabeleceu um novo parâmetro [para o surfe] e vai continuar fazendo isso pelos próximos dez ou 20 anos”, afirmou depois de ser superado pelo brasileiro em uma das etapas. Solteiro, Medina tem aproveitado a fama recém-conquistada. “Às vezes conheço gente nova e fico com alguém.”

Sombra, violão, namoro, leitura: relax pós-ondas (Foto: Christian Gaul)

TIPOS DE ONDA
Dentro do mar, os surfistas deste ensaio têm objetivos bem diferentes mas o intuito é o mesmo: buscar ondas perfeitas. Felipe Cezarano, 26 anos, integra um seleto grupo de big riders, que se especializou em correr o mundo atrás de ondas gigantes – algo em torno de 20 metros de altura ou um prédio de sete andares. Marcelo Trekinho, 34 anos, corre outros tipos de riscos. Depois de competir por alguns anos e se tornar freesurfer (surfistas que têm patrocínio, mas não participam de campeonatos), Trekinho enfrenta toda sorte de mar e destinos – Israel, Índia, Canadá e China, entre outros – para gravar o programa A Vida Que eu Queria, também exibido no Canal Off. Há, ainda, os paulistas Igor Moraes, de 28 anos, e Cassio Sanches, 30, também freesurfers.

É pela internet que Trekinho acompanha as ondas previstas nos mares de outros países e, a partir de então, discute com a equipe da TV os destinos que vai visitar no programa. “Uma vez, vi que uma grande ondulação entraria em Israel dois dias depois. Saímos correndo para Tel Aviv.” Apesar das viagens frequentes (e de última hora), ele diz conciliar bem o tempo com Sofie, a namorada belga. Apaixonada por esportes – além do surfe, ela também mergulha, faz windsurfe, anda de skate e stand-up paddle, pula de paraquedas e luta muay thai –, Sofie mudou de Amsterdã para o Rio com a família há dois anos, mais ou menos na mesma época que começou a namorar Trekinho. Hoje, no entanto, ela não só se acostumou com a rotina do namorado, como transformou o mar em seu escritório. Sofie também vive pelo mundo, explorando as profundezas dos oceanos para mostrar em seu programa na TV, no Off.

Estima-se que 3 milhões de brasileiros incluíram o surfe em suas vidas (Foto: Christian Gaul)

SEMPRE EM TRÂNSITO
Surfistas são acostumados a viajar – eles estão sempre indo para (ou vindo de) algum lugar. Cássio Sanches tem casa em Santos e na Praia da Joaquina, em Florianópolis.
Ele vai com frequência a São Paulo, onde vive a namorada, Priscila Cardelino, 33 anos, que, por sua vez, trabalha em Ibiza cinco meses por ano, no setor hoteleiro. Dona de um corpo escultural, Priscila é adepta da ioga e cuida muito da alimentação. “Não sou vegetariana mas estou diminuindo o consumo de carne vermelha.” Cássio costuma viajar para encontrá-la na Espanha e, de lá, eles aproveitam para conhecer lugares próximos, como o Marrocos, no norte da África. Mas o lugar preferido para viajar fica bem distante dali: Desert Point, na ilha Lombok, na Indonésia. “Pelo visual e as ondas perfeitas”, diz Cassio.

A namorada de Igor Moraes, também freesurfer, é a jornalista Claudia Ferraz, 33 anos. No início do namoro, há oito anos, Igor tinha ciúmes de vê-la na água “rodeada por homens”, mas com o tempo se acostumou.Hoje os dois planejam juntos as viagens e registram todas as aventuras em vídeos para serem divulgados nos sites dos patrocinadores. “A verdade é que, para mim, graças ao fato de ele ser profissional, evoluí muito no surfe.” Igor concorda sem pestanejar. “Quando ela chega em Maresias, vem fissurada para cair no mar. Mais até do que eu.”

Eles rodam o mundo atrás das melhores ondas (Foto: Christian Gaul)

ONDAS INSANAS
Um dos principais big riders do país, Felipe Cezarano estava no grupo de brasileiros que esteve em Nazaré, Portugal, para participar do Billabong XXL BigWave Awards, em novembro passado. O objetivo era bater o recorde da maior onda já surfada no planeta – que pertencia ao havaiano Garret McNamara, por ter descido, em 2011, uma “parede” de 23 metros de altura. “Tenho medo de morrer, mas a vontade de surfar é maior”, diz. A morte, de fato passou perto em novembro de 2013. A surfista Maya Gabeira, parte da equipe de Felipe, sofreu um grave acidente: caiu de uma onda, ficou desacordada por vários minutos e precisou ser resgatada de jet ski pelo pernambucano Carlos Burle (o maior nome da modalidade no país). Apesar do susto, Burle e Cezarano conseguiram pegar ondas próximas de 30 metros e podem tirar o recorde do havaiano. Uma comissão julgadora dará o veredito em maio – o campeonato dura o ano inteiro, tempo que os big riders têm para correr o mundo atrás desses mares. Enquanto isso, Cezarano está treinando no Havaí e curte o início de seu namoro com a fisioterapeuta Camilla Resende. Apesar do pouco tempo de romance, ela já entendeu que terá momentos de aflição pela frente. “Sempre que ele viaja [em busca de ondas gigantes], fico nervosa. Eu rezo e espero ele ligar pra dizer que está tudo bem. Mas também tento esquecer um pouco, senão não vivo.”O casal vai junto para o arquipélago, o que será a primeira grande viagem deles. Já os outros surfistas do grupo têm planos de passar boa parte do verão no Brasil. Igor deve ficar por Maresias com Claudia e os outros planejam descansar em Santa Catarina: Medina, na praia do Rosa; Trekinho e Sofie, no Farol de Santa Marta; Cassio e Priscila na praia da Joaquina. Fica a dica de onde estarão os melhores pedaços de areia da temporada.

CLIQUE AQUI PARA VER TODAS AS FOTOS DO ENSAIO (Foto: Christian Gaul)

Agradecimentos: ao empresário Alfio Lagnado e às marcas Evoke, MCD, Rip Curl, Rusty e Volcom


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