Cerca de 200 pessoas protestaram em Tel Aviv contra o casamento entre uma israelense e um palestino. Maral Malka, 23, uma judia que se converteu ao islamismo, precisou da ajuda da polícia para impedir manifestantes de invadirem a cerimônia que a uniu a Mahmoud Mansour, 26.
O casamento não foi aceito por membros de um grupo chamado Lehava que luta contra a conversão de israelenses para outras culturas. Eles tentaram furar o bloqueio humano feito por forças de segurança locais, informou o site The Huffington Post.
Prevendo a confusão, o casal foi à justiça para tentar impedir o protesto, mas teve o pedido negado. O advogado do Lehava, Itamar Ben Gvir, afirmou que a permissão da justiça foi uma vitória para a liberdade de expressão. "Este é um país democrático. Acredito que temos o direito de nos manifestar".
Pessoas a favor da união também demonstraram apoio ao segurar cartazes com os dizeres "somente o amor vencerá" enquanto cantavam canções românticas.
A polêmica em torno do casamento foi tão grande que até mesmo o presidente Reuven Rivlin falou sobre o tema em seu perfil no Facebook.
"Há uma tênue linha entre liberdade de expressão e protesto, por um lado, e provocação, por outro. O Mahmoud e a Morel decidiram se casar e exercitar a liberdade em um país democrático", afirmou. "As manifestações são enfurecedoras e angustiantes, independentemente da minha opinião ou de quem quer que seja", disse.
Segundo Rivlin, nem todos precisam compartilhar da alegria do casal, mas todos precisam respeitar. "Entre nós há divergências duras e afiadas, mas incitamento, violência e racismo não têm lugar na sociedade israelense.
Em entrevista a um canal de TV de Israel antes da cerimônia, o noivo disse que nada poderia estragar sua felicidade. "Nós dançaremos e nos casaremos até o nascer do sol. Somos a favor da convivência."