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"Já sofro só de pensar", diz Fernanda Gentil sobre a Copa do Mundo na Rússia

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FERNANDA GENTIL: "SOU MUITO SORTUDA E ILUMINADA! VOU LEVAR PARA SEMPRE AS LEMBRANÇAS DESSA COPA" (Foto: TV Globo/João Miguel Junior)

O ínicio da carreira no jornalismo esportivo não foi fácil para Fernanda Gentil. Hoje, porém, a repórter diz estar desfrutando o reconhecimento do seu trabalho, resultado de muito esforço e dedicação ao longo dos anos. Destaque da Copa do Mundo, ela ganhou o carinho do público, foi apontada informalmente a "musa" do evento e viu seus seguidores no Instagram triplicarem de um dia para o outro - atualmente, o número de fãs passam dos 337 mil.

À Marie Claire, ela conta mais detalhes de "uma das experiências mais incríveis" da sua vida, fala das dificuldades que passou para se firmar no jornalismo esportivo e, a nosso pedido, explica didaticamente e de forma bem humorada o que é um impedimento no futebol. Confira a conversa:

Marie Claire: Quando você começou no jornalismo, já queria trabalhar com esportes?
Fernanda Gentil: Na verdade, aconteceu o inverso comigo. Eu sempre gostei e pratiquei esporte e por isso escolhi o jornalismo. Encontrei na profissão uma maneira de estar em contato com esse meio que por tantos anos eu vivi e adoro. Um meio saudável, alegre, jovem, cheio de histórias emocionantes.

M.C.: Como foi o início na profissão? Sofreu algum preconceito por ser mulher?
F.G.: Foi díficil. Como várias outras profissões, o jornalismo é muito concorrido, então desde o começo da faculdade me preparei para isso. Passei por muitos cursos, estágios, fiz contatos, corri muito atrás e, claro, abri mão de muita coisa que uma adolescente na minha idade fazia. Mas valeu a pena e faria tudo novamente! Felizmente, nunca sofri preconceito por ser mulher, pelo contrário: sempre fui muito bem tratada e não tenho vergonha nenhuma de pedir ajuda aos meus colegas de profissão homens.

M.C.: E como é trabalhar  em um ambiente ainda predominantemente maculino?
F.G.: As mulheres estão cada vez mais marcando presença nas redações mundo afora. Essa é a maior prova de que estamos fazendo um bom trabalho. A visão da mulher, obviamente, é muito diferente da visão masculina. Às vezes percebemos coisas que eles não enxergam. Outras vezes, eles analisam de forma mais profunda. Enfim, são visões que não se excluem, e sim, se completam.

M.C.: Como foi cobrir uma Copa do Mundo?
F.G.: Cobrir a seleção brasileira em uma Copa do Mundo no Brasil foi um privilégio. Sou realmente muito sortuda e iluminada! Vou levar para sempre as lembranças dessa Copa e contar a experiência para meus filhos e netos.

MOMENTOS DA COPA: FERNANDA TRABALHOU MUITO, CURTIU, CHOROU E TEVE ATÉ TEMPO DE VER O MARIDO E A SUA CADELA (Foto: Reprodução/Instagram)

M.C.: Sua rotina de trabalho foi intensa. Sentiu saudades da família, do marido, dos amigos e da Nala [a cadela de Fernanda, uma das estrelas de seu Instagram]?
F.G.: Eles fazem muita falta. É difícil ficar tanto tempo longe de casa, mas pelo menos foi em Teresópolis. Meus pais, meu marido [o empresário do ramo esportivo, Matheus Braga] e a Nala foram me visitar e me fizeram muito bem. Se eu for cobrir a Copa da Rússia, não sei como vai ser, já sofro só de pensar (risos).

M.C.: O que você acha do título que te deram de musa da Copa?
F.G.: Este título é um grande carinho do público. Fico feliz por terem simpatizado comigo, mas não é o que levo para casa da cobertura. O que entra no currículo e fica marcado pra mim é o trabalho que eu fiz e continuarei fazendo.

M.C.: Como você explicaria, para uma mulher que não entende nada de futebol, o que é impedimento?
F.G.: Complicado, mas vou tentar. Para as minhas amigas que não entendem nada de futebol, por exemplo, eu diria: "Imagina que você está jogando. Então você chuta para mim, que sou do seu time. Eu, do seu time, sua amiga, do bem, vou receber a bola. E aí quando você chuta para mim, eu vou correndo lá na frente pra receber. Pare a cena neste momento do seu chute! Se não tiver ninguém do time adversário entre o goleiro e eu, eu estarei impedida. Entendeu?”  Essa é mais ou menos a minha explicação [risos].

M.C.: Muitos jornalistas começam em uma área, mas acabam se destacando e aceitando outros convites. Você quer continuar no esporte ou pensa em cobrir outros assuntos?
F.G.: Amo o meio do esporte, sou muito feliz trabalhando com isso, mas não sei o que pode acontecer no futuro.

 


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