"No dia 11 de janeiro, fui comer em uma padaria do Itaim Bibi [bairro localizado na zona oeste de São Paulo] com os meus pais e o meu cachorro, depois de passar uma temporada na Europa.
Meu cachorro Obi Wan, que é da raça chow chow e estava na coleira com uma guia curta, avistou um fox paulistinha sem coleira. Ele foi atrás, 'me arrastando' junto e acabou o mordendo. Briga de cães.
Nesse momento, surge um homem atrás de mim, que também é cliente do estabelecimento e estava acompanhado da namorada e do cachorro do casal da raça whippet, machucando meu braço e acertando chutes no meu cachorro. A dona do fox paulistinha ficou nervosa, o que é compreensível, e também bateu no Obi Wan.
Eu tentava nos proteger da agressão andando para atrás, enquanto o homem gritava que mataria o cão e que iria me arrebentar, quando caiu no chão ao tentar dar um chute no bicho. E eu só pensava em protegê-lo, além de não quer que meu pai de 80 anos e minha mãe de 75 me vissem apanhar.
Assim que levantou do chão, pegou a primeira coisa que viu na mesa e tacou na minha direção: uma lata de azeite acabou acertando o meu rosto. Ele também tentou me acertar uma cadeirada, que meu pai tentou impedir e acabou com um corte na perna, além de roxos pelo corpo.
Leia aqui a versão da empresária Flávia Boturão de Almeida
As câmeras de vigilância mostram o exato momento em que a lata de azeite é jogada e que a mulher dele fala para ele ir embora, assim que ouve as sirenes do carro da polícia, o que ele faz como se nada tivesse acontecido. Os clientes, donos e gerente da padaria impediram que ela fosse embora, enquanto eu tentava estancar o sangue do meu rosto.
Quando a polícia chegou, aconteceu mais confusão: a mulher começou a me xingar e a xingar minha mãe. Resultado: ela fez um boletim de ocorrência contra mim e eu fiz um contra ela. A dona do fox paulistinha também fez um BO contra mim e eu arquei com as despesas veterinárias do animal, que não sofreu nada grave.
Levei 27 pontos externos e mais seis internos, além de ter que passar por uma cirurgia plástica para reconstituir a sobrancelha e perdi a sensibilidade da região. Segundo os médicos, mais 4 milímetros e eu estaria cega.
Assim que saí do hospital, procurei nas redes sociais quem são os meus agressores. Ele é Mario Soares, conhecido como Marinho, ex-pugilista e campeão brasileiro que causou polêmica ao tentar agredir ao vivo o jornalista Jorge Kajuru [atual senador], em um programa de TV, e professor de boxe e conselheiro do Esporte Club Pinheiros, e ela se chama Flávia Boturão de Almeida, empresária do mundo da moda, e mãe de duas surfistas lindas que são apresentadoras de um programa no canal OFF.
Leia aqui a versão da empresária Flávia Boturão de Almeida
Em sua defesa, ele alegou que queria separar a briga dos cachorros e não agredir a mim e nem ao Obi Wan, porém os vídeos da câmera de segurança mostram o contrário, além de afirmar que eu o ameacei com uma faca. Ele não compareceu para prestar depoimento na delegacia por duas vezes. Segundo seu advogado, estava viajando. Também tenho certeza que não vai aparecer na terceira vez".
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