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Aborto será descriminalizado este ano no Chile, diz Michelle Bachelet em entrevista

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Michelle Bachelet, que nesta segunda-feira está nos EUA (Foto: Getty Images)

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse em entrevista ao diário espanhol "El País" que o aborto deve ser descriminalizado antes do fim do ano no país vizinho. Para a presidente, a discussão tem avançado no Parlamento chileno e deve chegar a aprovação "nos últimos meses do segundo semestre".

"No Chile essa discussão tem transcorrido no Parlamento [durante outros mandatos]. E há uma enorme quantidade de moções parlamentares na Câmara e no Senado. Estamos na etapa de revisar todas essas moções e olhar qual vamos apoiar, como vamos apoiar, de modo que possamos avançar na descriminalização. Acho que vai ser durante o segundo semestre. Provavelmente nos últimos meses do segundo semestre", disse.

Em entrevista logo após a derrota do Chile pela Holanda na primeira rodada da Copa, a presidente mostrou-se satisfeita pelo desempenho da seleção e se limitou a dizer que o time "jogou bem". A seleção chilena acabou sendo eliminada pelo Brasil no sábado (28), mas foi recebida com festa no país.

Há três meses do segundo mandato à frente do país, Bachelet também disse que não voltou ao poder mais ou menos de esquerda do que no primeiro governo. "Eu disse que não tinha voltado nem mais vermelha nem mais verde, mas talvez pondo muito mais no centro, mais do que as cores, os assuntos dos cidadãos. A desigualdade é nosso grande inimigo. E esse é meu norte fundamental."

Questionada sobre como viu o país nos quatro anos em que esteve fora da presidência, no comando da Secretaria da Mulher da ONU (2010-2014), a presidente afirmou ter visto um país com "uma democracia estável, uma economia com crescimento estável, com muitos êxitos." No entanto, disse, "os jovens estiveram cerca de oito meses na rua". "Muita gente acompanhou esse processo, em um país que começa a dizer: 'Não nos basta o que temos.' E isso foi o que me motivou a dizer: “ Se tomo a decisão de voltar, será para realizar mudanças profundas."

Mulheres no gabinete
A presidente chilena também comentou o fato de ter menos mulheres no seu gabinete em relação ao seu primeiro mandato. "Eu tinha dito que não iria repetir nenhum ministro anterior. Então, além do que eu decidi sobre os ministros, também chegam para mim listas de pessoas. E a maioria dos nomes de mulheres que chegava já tinha sido ministra. Foi muito mais difícil. E, no nosso país, a verdade é que os partidos políticos ainda têm de avançar muito mais na hora de promover suas mulheres", disse.

 


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