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“Minha gravidez me causou câncer”, diz americana que descobriu ter tipo raro da doença após dar à luz

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KATHLEEN LOMBARDO SEGURA O FILHO JACK: DOENÇA FEZ ELA RETORNAR AO HOSPITAL APÓS QUATRO SEMANAS DO PARTO (Foto: Reprodução / Kittykal.blogspot.com)


A americana Kathleen Lombardo tinha acabado de dar à luz o filho Jack, de apenas seis semanas, quando teve que voltar ao hospital para um consulta. “Quando o médico começou a falar, as palavras não faziam sentido para mim. Ele falava coisas como ‘agressivo’, ‘metástase’, ‘pode ter atingido seus pulmões’... Então eu entendi: ‘Este é um tipo muito agressivo de câncer e nós vamos tratá-lo agressivamente, com uma quimioterapia de efeito múltiplo.”

Um exame de ultrassom mostrou que havia um tumor no útero, um tipo raro de câncer que se desenvolve durante a gravidez. Só mais tarde, no entanto, Kathleen soube que se tratava do estágio três da doença, que já havia se espalhado para seus pulmões e que seria resultado de uma resultado de uma gravidez molar (quando um óvulo fertilizado se desenvolve em vez de se tornar um embrião). Em alguma ponto, que nem os médicos souberam determinar, a gravidez molar se transformou num câncer que ameaçava a vida da mãe.

Para Kathleen, foi um choque ainda maior após ter tido uma gravidez saudável e relativamente tranqüila. Na 28ª semana, ela foi diagnosticada com diabetes gestacional, o que, naquele ponto, ela lembra como a pior coisa que podia ter acontecido. “Eu realmente achava que ter que furar o dedo para medir a quantidade de açúcar no sangue após as refeições era o fim do mundo”, lembra a jovem que, em relato publicado na "Women's Healthy", diz que estava tentando engravidar há mais de um ano com o marido Jim.

Após o pequeno Jack ter nascido, no entanto, Kathleen diz que sentia que havia algo de errado. “Depois do nascimento, eu lembro da minha parteira mostrando a placenta ao meu marido e dizendo que eu tinha dois sacos com líquido amniótico – e que aquela era a primeira vez que ela via aquilo em 30 anos de carreira.” A placenta foi mandada para exames e a mãe recebeu alta do hospital. “Esqueci totalmente disso após ver meu bebê perfeito e começar uma nova vida com nossa família agora em três”, lembra.

KATHLEEN SUPEROU O CÂNCER APÓS SEIS MESES DE TRATAMENTO (Foto: Reprodução / Kittykal.blogspot.com)



Sangramento "comum"
Só quando o filho já estava com quatro semanas, ela sentiu os primeiros sintomas, com sangramentos que os médicos disseram ser “comuns” para uma mulher que havia acabado de ter um filho. Após persistentes crises, a americana decidiu ignorar a opinião do obstetra e procurou ajuda. Ao ser finalmente examinada, descobriu que deveria se submeter a uma cirurgia para remover o tumor no dia seguinte e que passaria as próximas duas semanas em sessões de quimioterapia que poderiam durar até 12 horas.

“O câncer se espalhou para meus pulmões. Tive sorte, porque estava apenas no estágio três. Se não tivesse sido examinada antes, a doença poderia ter atingido fígado e, eventuralmente, o cérebro. Tive que receber duas transfusões de sangue e meu fígado quase entrou em colapso a certa altura. Eles disseram para não tocar em meu filho, devido à alta carga de drogas que tomava, e o único em que podia tocar era meu cachorro”, conta Kathleen, que venceu a batalha contra a doença após seis meses.

O tipo raro da doença atinge algo entre uma a cada 500 mil mulheres grávidas e pode tomar o útero durante a gravidez, colocando em risco mãe e filho. Segundo os médicos, é possível que no caso da americana, ele tenha se desenvolvido antes ou depois da gravidez. “Se você pensa em como se prevenir ou alertar alguém que você ama dessa doença horrível doença, a melhor forma de começar é com seus médicos. Vamos abrir o diálogo sobre esse mal”, aconselha Kathleen, que vem publicando atualizações sobre seu estado de saúde no seu blog.


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