O grupo islâmico radical Boko Haram sequestrou mais oito meninas na Nigéria. De acordo com as agências internacionais como Reuters e All Africa, as garotas têm idades entre 12 e 15 anos e são de um vilarejo chamado Warabe, que fica próximo a um dos redutos do grupo terrorista, perto da aldeia de Gwoza.
Segundo os policiais, as meninas foram levadas em caminhões junto a itens saqueados. À agência All Africa, Mallam Bello Umar, um dos moradores da aldeia, confirmou em conversa telefônica o que aconteceu. "Um grupo de terroristas invadiu a aldeia Warabe na noite de domingo, sequestraram 8 de nossas adolescentes e acabaram com nossos alimentos e com nosso gado". Os moradores relataram que os terroristas chegaram ao local com carros pintados com as cores do Exército da Nigéria. Em seguida, eles teriam começado a atirar.
"A situação é tão terrível que todas as pessoas correram para uma zona mais segura perto do Secretariado do Conselho do Vilarejo porque é onde há uma presença maior de policiais", disse Bello à agência
MENINAS SERIAM VENDIDAS
Na última segunda-feira (5), o Boko Haram assumiu a responsabilidade pelo sequestro de 276 alunas de uma escola no vilarejo de Cibok que aconteceu no dia 14 de abril. Segundo agências internacionais, o líder do grupo, Abubakar Shekau, afirmou que as meninas seriam vendidas para casamentos com líderes tribais no Chade e em Camarões.
ESTUPROS DIÁRIOS
De acordo com informações de um portal local chamado "The Trent", uma das meninas sequestradas na Nigéria que conseguiu escapar do cativeiro denunciou as barbáries que elas estão sofrendo. As reféns mais jovens estariam sendo vítimas de até 15 estupros por dia.
No depoimento, a menina contou que as reféns foram obrigadas a se converterem ao islamismo sob ameaça de serem degoladas caso não aceitassem ou não fizessem sexo com seus torturadores. Assim que foram levadas da escola onde estavam no momento do sequestro, elas seguiram para um campo da milícia localizado na floresta de Sambisa, no estado de Borno, no norte do país. Esse seria o local que serve como base espiritual e de operações do grupo.
#BRINGBACKOURGIRLS
O mundo está unido em solidariedade às meninas sequestradas pelo grupo Boko Haram em uma campanha online chamada #BringBackOurGirl. Muitas autoridades e celebridades encabeçam o protesto pedindo a libertação das nigerianas, como a adolescente paquistanesa Malala Yousseff.