Muitas séries de socos e chutes com intervalos mínimos (ou até sem nenhum) para turbinar a queima calórica e a atividade aeróbica. Trabalho intenso com elástico, que acorda fibras musculares que você jamais imaginou ter, sem causar o mínimo inchaço. Para garantir o corpo longilíneo e elegante, foco na postura correta, coma lombar e abdômen fortes. Esses são os três pilares da Funcional Fight, modalidade desenvolvida pelo ex-lutador Eduardo Munra, eleito guru de fitness pelas tops brasileiras que desfilam mundo afora.
“Tem modelo que chega de Nova York e já me liga para marcar aula”, conta o personal. Por
quê? A sessão personalizada, que dura entre 40 e 60 minutos, e mistura luta e treino funcional, promete secar gordurinhas em pouco mais de três semanas. “A ideia é respeitar o condicionamento da aluna (na maioria, mulheres, das quais 90% começaram do zero, sem preparo ou conhecimento de artes marciais) e suas prioridades. Todas querem um corpo forte e firme. Mas algumas precisam afinar pernas, outras, fortalecer braços. Às vezes, o foco é cintura, abdômen, culote. Na Funcional Fight, o trabalho muscular é muito preciso”, diz ele, que já treinou com Anderson Silva, deu aulas para a polícia de Atlanta e para os mariners americanos.
NADA DE PANCADARIA
A sessão passa longe do contato físico (você não vai sair roxa ou machucada) e da musculação e seus pesos. No entanto, não é que as pupilas, que vão de mé-dicas a advogadas, peguem leve. “Às vezes, são 100, 150 chutes (que trabalham muito os baixo-glúteos, responsáveis pelo bumbum duro e empinado, além de coxas) por aula, mas sempre cuidando da postura, para não correr risco de ter lesões. Além disso, flexões de braço, polichinelos, corrida em zigue-zague, saltos (você pula com os braços esticados para o alto, desce agachada no chão, joga as pernas para trás, volta à posição anterior, salta mais uma vez... ufa!) e agachamentos. Dá para queimar 600 calorias, fácil. Fico em cima, acompanhando bem de perto.”
É recomendável intercalar os treinos com natação, corrida ou mesmo caminhada, e adotar uma alimentação balanceada. Outra garantia é que não há stress que sobreviva a uma sessão física dessas. “Minhas alunas saem todas calminhas, calminhas.” E apaixonadas por luta. Pelo menos, esse é o caso de Carol Trentini. “Depois que comecei a frequentar as aulas de Funcional Fight, há três meses, tudo mudou: meu corpo, minha disposição e a vontade de praticar exercícios. Eu estava parada há um tempão, e o treino do Eduardo me fez ‘viciar’ em luta”, diz a top, que acabou de ter bebê e faz a aula de 50 minutos, três vezes por semana.
Agora, Eduardo pensa em abrir sua própria academia em São Paulo, e está montando uma equipe, tamanha é a procura por aulas. “Estamos testando personal para turmas de até cinco pessoas. Numa modalidade intensa como essa, o perigo de se machucar fazendo o movimento errado é grande. Por isso, gosto de explicar o significado de cada exercício.” Aí, vai encarar?