A total ausência de pigmento na pele, no cabelo e nos olhos sempre fizeram da inglesa Sarah Wright, hoje com 18 anos, uma criança bem diferente das outras. Portadora de albinismo, ela passou a maior parte de sua infância e adolescência se escondendo do sol e das pessoas que praticavam bullying com sua imagem. Em entrevista ao jornal Daily Mail, Sarah contou que alguns colegas da escola chegaram a jogar pedras e latas de bebida para assustá-la. "Todos diziam para minha mãe que eu não seria capaz de fazer as coisas que os outros faziam. Mas ela recusava-se a ouvir e me incentivava a participar de todas as atividades, principalmente quando eu era criança", contou.
Quando alcançou o segundo grau, os olhares preconceituosos sob Sarah aumentaram. Além das brincadeiras de mau gosto dos outros estudantes, a inglesa também foi vítima de cyber bullying. O assédio moral continuou por anos e fez Sarah sentir-se feia e sem valor. O cabelo comprido transformou-se no principal esconderijo da jovem, que cobria o rosto sempre que podia.
A situação começou a mudar quando uma amiga da inglesa lhe deu algumas dicas de maquiagem. Já na faculdade, Sarah cortou o cabelo e diariamente se aventurava pelo universo das sombras, blushes e batons. Foi aí que apareceu a oportunidade de se inscrever em um concurso de beleza, o Modelo Alternativa do Ano de 2013. "Quando chegou o dia dos desfiles, estava petrificada, mal conseguia andar pelo palco", relembra. O nervosismo não impediu que ela ganhasse não só a coroa de primeiro lugar, mas também um contrato para iniciar a carreira de modelo.
"Estou feliz que consegui provar aos que me agrediram que eles estava errados. Durante anos eles fizeram da minha vida um inferno. Agora sei que não preciso me esconder, tenho orgulho de quem eu sou".