Maisa Silva está passando pela transição capilar e comemora cada passo que supera em suas redes sociais. Na noite desta terça-feira (30), a apresentadora de 18 anos falou que sempre tentou seguir um padrão estético de cabelos lisos para que seus amigos não a achassem "esquisita", porém entendeu que quem mais se criticava era ela mesma.
"Antes de passar pelo processo de transição capilar, eu era muito 'noiada' com o cabelo. Eu ficava me limitando, não pintava e não cortava, não fazia nada de muito radical. Só cortava no ombro. Achava que todo mundo ia reparar, que eu precisava estar no padrão das meninas com cabelos escorridos até a bunda, morena e se eu não estivesse assim, todo mundo ia me achar horrível e esquisita. Na verdade, quem mais reparava no meu cabelo e colocava defeito era eu", desabafou.
Ela afirmou que sua relação com as madeixas mudou completamente e analisou que o benefício não foi só externo, mas causou mudanças internas. Ela declarou que se sente mais à vontade para falar sobre este assunto somente agora.
"Se hoje me sinto mais à vontade e pronta para falar sobre isso com vocês é porque o tempo passou. Dos 15 anos aos 18 tem uma grande diferença, minha cabeça mudou muito, meus conceitos se desconstruíram dentro de mim. Estou aprendendo coisas novas todos os dias. O fato de eu aceitar meu cabelo agora não significa que eu cheguei ao nível de aceitação extrema e que não tenha mais nada que eu queira mudar ou que nada mais afete minha autoestima. Tem! Acho impossível se achar 100% perfeita."
Ela ainda salientou que falar sobre a transição capilar ou autoestima não é algo fácil porque a característica do cabelo enrolado vem cheio de estigmas e preconceitos.
"Se não é fácil para mim, que tem um cabelo cacheado, imagina para meninas que têm cabelo crespo, que sofrem muito mais preconceitos e com estigmas por questões raciais, de serem chamadas de cabelo ruim. Não é fácil. Eu não venho falar sobre este assunto como se fosse algo lindo e perfeito, algo atingível. A partir do momento que a gente consegue expor processos que foram difíceis, a gente se fortalece. Outra pessoa pode estar passando pelo mesmo que eu", pontuou.