Duas ativistas do grupo feminista Femen invadiram o palco, interrompendo um show de jazz do cineasta norte-americano Woody Allen em Hamburgo, na Alemanha, na noite de terça (11.7). De acordo com o jornal "New York Times, elas disseram que queriam chamar atenção para a acusação de que ele teria abusado sexualmente da sua filha adotiva, Dylan Farrow, em 1992, quando ela tinha 7 anos.
"Pare a cultura do silência!", gritaram as ativistas, que estavam de topless, quando invadiram o palco da nova sala de concertos de Hamburgo, a Elbphilharmonie, enquanto o Allen estava atuando com a New Orleans Jazz Band.
As ativistas são da organização de direitos das mulheres Femen, coletivo conhecido pelos protestos contra o turismo sexual, a restrição ao aborto, a mutilação genital feminina, entre outras questões.
Em fevereiro de 2014, Dylan Farrow escreveu uma carta aberta ao pai o acusando de abuso sexual, que foi publicada no "New York Times". Allen negou a acusação em resposta dada no mesmo jornal e disse que provavelmente ela estaria sendo coagida pela mãe, Mia Ferrow. As protestantes tentaram ler a carta de Dylan, de acordo com o jornal alemão "Bild".
Allen e sua banda não pareciam incomodados com a interrupção, como pode ser visto em vídeo do concerto divulgado no Youtube. Depois que o pessoal de segurança retirou as mulheres, a banda continuou com seu show, segundo uma editora de um jornal local, SHZ.
Mais tarde, Allen emitiu uma breve declaração chamando o protesto "estúpido", relatou SHZ. Ele recusou os pedidos de entrevista sobre o caso. Em sua resposta dada em 2014, ele disse que aquelas eram suas últimas palavras sobre esse assunto.