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Portadora de doença genética luta contra o preconceito para se tornar modelo de alta costura

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A MODELO NORTE-AMERICANA MELANIEGAYDOS: SONHO DE DESFILAR PARA GRIFES DE ALTA COSTURA  (Foto: Reprodução/Instagram)

Embora tenha trabalhado como modelo nos últimos três anos, estrelado o clipe da banda alemã Rammstein e ter sido fotografada em Nova York, Los Angeles, Madri e Berlim, Melanie Gaydos ainda luta para encontrar seu lugar no mundo da alta costura. Em entrevista ao site do jornal "The Daily Beast", a norte-americana falou que seus desafios são, em parte, os mesmos de qualquer jovem que está tentando entrar no mercado da moda. No entando, no caso dela, há uma dificuldade a mais:Melanie é portadora de uma doença genética rara, chamada displasia ectodérmica, e que afeta cabelo, dentes, unhas, pele e, às vezes, até a formação óssea: "Sou uma sobrevivente", disse.

Nascida em Connecticut e vivendo no Brooklyn, Melanie afirmou ao site que durante toda a sua infância percebia que as pessoas tinham medo dela e que, algumas delas até achavam que ela tinha problemas mentais. Na adolescência, ouviu absurdos, como o de que trabalhava como prostituta. "Não quero viver minha vida do jeito que outras pessoas acham que eu deveria. Não quero ser o tipo de pessoa que os outros querem que eu seja", afirmou.

UM DOS TRABALHOS DE MELANIE (Foto: Reprodução/Instagram)

A verdade é que Melanie tornou-se uma mulher confiante. Mudou-se para Nova York para estudar arte no Pratt Institute e lá, quase que por acaso, posou pela primeira vez como modelo: ao enviar uma carta para um fotógrafo que admirava muito, recebeu como resposta o convite para uma sessão. Apesar de fugir constantemente das lentes, Melanie contou que, após o primeiro clique, se apaixonou completamente pelo trabalho. "Eu nunca tive qualquer dificuldade para posar", relembra. Melanie, então, foi atrás de outras oportunidades, o que lhe rendeu de dois a três shows por fim de semana.

Conforme foi ganhando experiência, a modelo percebeu que o que mais gostava em seu novo trabalho era contar histórias e transmitir emoção. Ela estava cada vez menos interessada em vender as roupas que usava nas campanhas e cada vez mais engajada em fazer o espectador ter uma experiência, significados que separam o trabalho comercial dos projetos de alta costura. Melanie começou a enviar seu portfólio para os grandes nomes no mundo da moda, mas quase todos lhe disseram que inlcuí-la no casting seria um risco. "Não entendo! Se você tem medo de correr riscos, por que está no negócio da moda? Não é nada que eu não tenha ouvido antes, mas nunca pensei em mim como alguém feio e continuo não pensando", disse.

Ela contou ainda que "tenta sempre fazer boas escolhas em sua carreira para que as pessoas entendam que é uma modelo séria e não apenas um rosto diferente". Para realizar seu sonho de se tornar uma modelo de alta costura, Melanie está tentando um contrato com uma agência da área, mas sabe que pode demorar para conseguir alguma resposta positiva: “Sei que não é só chegar lá que eles vão me contratar. Tenho que encontrar pessoas que entendam de onde vim. Tenho que ganhar o respeito delas", afirmou. Longe de se deixar intimidar, Melanie tem fé de que alcançará seu objetivo e que sua história irá ajudar outras pessoas como ela.


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